O sistema de treino “Madeira Spearfishing Training System” surge a partir da identificação de três problemas essenciais:
Regularidade
A maioria dos caçadores submarinos pratica a sua atividade maioritariamente no Verão e “hibernam” no Inverno/Primavera. Na generalidade, melhoram significativamente as suas capacidades físicas de forma relativamente crescente durante a época veranil, mas perdem-nas durante a “hibernação”. O processo reinicia-se no verão seguinte, sem que o praticante note evolução significativa. Praticamente retoma o nível de desempenho do verão anterior em vez de evoluir e estar um patamar superior. A evolução positiva é assim mitigada.
Para além disso, observam-se duas contradições. Os caçadores submarinos estão abaixo de “forma” no início da “época” venatória e ficam no “topo de forma” quando ela acaba. Portando, o grande problema da "hibernação" está no incumprimento de um dos princípios fundamentais do processo de treino - o princípio da continuidade.
Para uma evolução positiva é preciso assegurar esse princípio fundamental. A interrupção da prática durante o período de inverno não promove a frequência, duração, intensidade, densidade e amplitude da carga de treino necessária à manutenção e elevação da performance, conduzindo a uma diminuição da capacidade funcional do individuo. A carga de treino corresponde a um conjunto de estímulos a que os atletas se submetem durante o processo de preparação desportiva. A submissão regular e sistemática à carga de treino predispõe o organismo a processos de supercompensação sucessivos que, adequadamente doseados, promoverão a prazo a elevação da capacidade funcional do indivíduo.
Ausência de grupo de treino
Entre 2006 e 2011 havia um grupo de treino de apneia no Clube Naval do Funchal, que se extinguiu, embora houvesse praticantes interessados em treinar apneia regularmente. Em 2016 o Centro Treino Mar (CTM) abraçou o projeto e apoiou a iniciativa do professor Cláudio Vieira em retomar os treinos neste clube.
Inexistência de um sistema de treino específico para o Caçador Submarino
A maioria dos treinos de apneia foca-se bastante na tolerância à hipóxia e hipercapnia, relaxamento, respiração e flexibilidade. Mas o Caçador Submarino precisa mais do que isso. Precisa de uma integração das capacidades volitivas e neuro-motoras em ambientes diversificados, preferencialmente. Portanto, é nossa convicção que o treino funcional e ecológico (em cenários e situações aproximados da realidade) é o caminho a seguir.
Regularidade
A maioria dos caçadores submarinos pratica a sua atividade maioritariamente no Verão e “hibernam” no Inverno/Primavera. Na generalidade, melhoram significativamente as suas capacidades físicas de forma relativamente crescente durante a época veranil, mas perdem-nas durante a “hibernação”. O processo reinicia-se no verão seguinte, sem que o praticante note evolução significativa. Praticamente retoma o nível de desempenho do verão anterior em vez de evoluir e estar um patamar superior. A evolução positiva é assim mitigada.
Para além disso, observam-se duas contradições. Os caçadores submarinos estão abaixo de “forma” no início da “época” venatória e ficam no “topo de forma” quando ela acaba. Portando, o grande problema da "hibernação" está no incumprimento de um dos princípios fundamentais do processo de treino - o princípio da continuidade.
Para uma evolução positiva é preciso assegurar esse princípio fundamental. A interrupção da prática durante o período de inverno não promove a frequência, duração, intensidade, densidade e amplitude da carga de treino necessária à manutenção e elevação da performance, conduzindo a uma diminuição da capacidade funcional do individuo. A carga de treino corresponde a um conjunto de estímulos a que os atletas se submetem durante o processo de preparação desportiva. A submissão regular e sistemática à carga de treino predispõe o organismo a processos de supercompensação sucessivos que, adequadamente doseados, promoverão a prazo a elevação da capacidade funcional do indivíduo.
Ausência de grupo de treino
Entre 2006 e 2011 havia um grupo de treino de apneia no Clube Naval do Funchal, que se extinguiu, embora houvesse praticantes interessados em treinar apneia regularmente. Em 2016 o Centro Treino Mar (CTM) abraçou o projeto e apoiou a iniciativa do professor Cláudio Vieira em retomar os treinos neste clube.
Inexistência de um sistema de treino específico para o Caçador Submarino
A maioria dos treinos de apneia foca-se bastante na tolerância à hipóxia e hipercapnia, relaxamento, respiração e flexibilidade. Mas o Caçador Submarino precisa mais do que isso. Precisa de uma integração das capacidades volitivas e neuro-motoras em ambientes diversificados, preferencialmente. Portanto, é nossa convicção que o treino funcional e ecológico (em cenários e situações aproximados da realidade) é o caminho a seguir.
O sistema de treino abrange o desenvolvimento das seguintes capacidades:
- Resistência aeróbia específica com e sem barbatanas (baixa, media e alta intensidade);
- Resistência anaeróbia específica com e sem barbatanas (tolerância, potência e velocidade);
- Apneia associada à resistência à hipercapnia (excesso de CO2);
- Apneia associada à tolerância à hipoxia (falta de O2);
- Flexibilidade e mobilidade geral e específica, a partir de exercícios e alongamentos locais, globais, dinâmicos e integrados, com principal foco na caixa torácica e abdómen;
- Autoconsciência respiratória, a partir de técnicas de respiração (isoladas ou integradas), exercícios e posturas de Yoga;
- Relaxamento, a partir de métodos e técnicas diversas;
- Agilidade e destreza geral, a partir de exercícios de deslocamento linear e não linear, vertical e horizontal, e habilidades diversas;
- Hidrodinâmica, a partir de exercícios de correção de postura corporal, posição e movimento dos segmentos corporais e eficiência técnica;
- Propulsão, a partir de exercícios de pernada com barbatanas e da relação velocidade/consumo de O2;
- Equalização dos espaços aéreos naturais e artificiais, com suavidade, rapidez e eficiência;
- Resgates e salvamento, a partir da simulação de Shallow Water Blackout, Deep Water Blackout e reboques;
- Simulações ecológico-funcionais, a partir de saídas de caça-submarina;
- Profundidade, a partir das sessões de treino com cabo no Verão.
- Resistência aeróbia específica com e sem barbatanas (baixa, media e alta intensidade);
- Resistência anaeróbia específica com e sem barbatanas (tolerância, potência e velocidade);
- Apneia associada à resistência à hipercapnia (excesso de CO2);
- Apneia associada à tolerância à hipoxia (falta de O2);
- Flexibilidade e mobilidade geral e específica, a partir de exercícios e alongamentos locais, globais, dinâmicos e integrados, com principal foco na caixa torácica e abdómen;
- Autoconsciência respiratória, a partir de técnicas de respiração (isoladas ou integradas), exercícios e posturas de Yoga;
- Relaxamento, a partir de métodos e técnicas diversas;
- Agilidade e destreza geral, a partir de exercícios de deslocamento linear e não linear, vertical e horizontal, e habilidades diversas;
- Hidrodinâmica, a partir de exercícios de correção de postura corporal, posição e movimento dos segmentos corporais e eficiência técnica;
- Propulsão, a partir de exercícios de pernada com barbatanas e da relação velocidade/consumo de O2;
- Equalização dos espaços aéreos naturais e artificiais, com suavidade, rapidez e eficiência;
- Resgates e salvamento, a partir da simulação de Shallow Water Blackout, Deep Water Blackout e reboques;
- Simulações ecológico-funcionais, a partir de saídas de caça-submarina;
- Profundidade, a partir das sessões de treino com cabo no Verão.
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